Il Messaggiere - Ataque armado de gangues em funeral deixa sete mortos na Guatemala

Ataque armado de gangues em funeral deixa sete mortos na Guatemala
Ataque armado de gangues em funeral deixa sete mortos na Guatemala / foto: JOHAN ORDONEZ - AFP

Ataque armado de gangues em funeral deixa sete mortos na Guatemala

Um ataque armado na noite de terça-feira (29) em um funeral no centro da Cidade da Guatemala deixou ao menos sete mortos e 13 feridos. As autoridades o vincularam a disputas entre gangues.

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A Guatemala sofre com o impacto das gangues Barrio 18 e Mara Salvatrucha (MS-13), cuja rivalidade o ministro do Interior, Francisco Jiménez, atribui como causa do massacre.

Homens armados invadiram uma funerária durante o velório de um integrante da Barrio 18 que havia sido assassinado na segunda-feira em outro bairro da capital guatemalteca, segundo o ministro.

Enquanto "era velado, membros rivais da gangue Mara Salvatrucha invadiram a funerária e atiraram contra a família e colegas" do falecido, acrescentou Jiménez.

Um porta-voz do departamento de Guatemala, Amílcar Montejo, detalhou que os "desconhecidos dispararam dentro de uma funerária" e há "sete pessoas mortas e 13 feridas".

"A poucos metros do local do ataque armado também foram encontradas pessoas feridas", acrescentou Montejo.

Os agressores, que estavam em motocicletas, fugiram. As autoridades mantinham o local onde ocorreu o massacre isolado enquanto realizavam a remoção dos corpos.

- "Inaceitável" -

O ministro garantiu que o velório era "de risco" devido "ao perfil do falecido" e lamentou que agentes da polícia enviados ao local tenham abandonado seus postos antes do ataque mortal.

Jiménez classificou essa situação como "inaceitável". "Serão detidos e investigados pela Inspetoria Geral. Se houver responsabilidade, serão imediatamente colocados à disposição dos tribunais", afirmou.

As gangues Barrio 18 e Mara Salvatrucha - declarada organização terrorista pelos Estados Unidos - disputam o controle de territórios na Guatemala para exigir o pagamento de extorsões de comerciantes, transportadoras e outros cidadãos que, caso se neguem a pagar, são assassinados.

"As gangues estão se destruindo. Este fato não foi contra a sociedade trabalhadora, mas é resultado do câncer que as gangues representam para o país", assegurou o responsável pela segurança do país.

Essas gangues também operam em Honduras, enquanto em El Salvador o presidente, Nayib Bukele, prendeu milhares de membros de gangues respaldado por um regime de exceção criticado por grupos de direitos humanos que denunciam uma série de detenções arbitrárias.

A Guatemala encerrou 2024 com uma taxa de 16,1 homicídios por cada 100.000 habitantes, segundo o Ministério do Interior, o dobro da média mundial. No entanto, esse número diminuiu desde 2014, quando era de 29,6 por 100.000.

Metade dos crimes violentos é atribuída à luta entre cartéis de drogas e à disputa por território entre as gangues, segundo as autoridades.

D.Lombardi--IM