Il Messaggiere - Autoridades anunciam liberação de detido por tiroteio em universidade dos EUA

Autoridades anunciam liberação de detido por tiroteio em universidade dos EUA
Autoridades anunciam liberação de detido por tiroteio em universidade dos EUA / foto: Bing Guan - AFP

Autoridades anunciam liberação de detido por tiroteio em universidade dos EUA

O homem detido como suspeito de matar duas pessoas em um tiroteio na Universidade Brown será liberado, anunciaram as autoridades no domingo (14), após a admissão de que ele não é uma "pessoa de interesse" no caso.

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Um homem armado abriu fogo no sábado na prestigiada universidade situada em Providence, Rhode Island, em um edifício onde os alunos realizavam provas, o que levou a uma ordem de confinamento e horas de buscas pelo suspeito.

Brett Smiley, prefeito de Providence, onde fica a universidade, havia anunciado o fim imediato das restrições na cidade após a detenção de um suspeito. Porém, algumas horas mais tarde, ele informou que "em breve vamos liberar a pessoa que havia sido detida".

"Acredito que é correto afirmar que não há base para considerá-lo uma pessoa de interesse", declarou o procurador-geral de Rhode Island, Peter Neronha. "Por isso, ele será liberado".

As autoridades indicaram que prosseguem com a busca pelo suspeito, mas sem revelar detalhes sobre a investigação. "Obviamente temos um assassino à solta, francamente, e não vamos revelar os planos", afirmou Neronha.

Dos nove feridos, um está em condição crítica, sete estáveis e um já recebeu alta, assinalou Smiley.

Joseph Oduro, professor-assistente que se encontrava em uma sala de aula quando ocorreu o ataque, contou o que viu à emissora CNN.

"Estava em pé na sala, e ele entrou pela parte de trás, assim que nos olhamos. Enquanto isso acontecia, olhei para meus alunos e fiz um gesto para que viessem para a frente da sala. Depois, simplesmente me abaixei", disse.

O atirador "entrou, apontou com sua arma e gritou alguma coisa", explicou Oduro. "Não sei o que ele disse, e nenhum dos outros alunos sabe o que ele disse, e então começou a atirar".

A polícia divulgou 10 segundos de um vídeo do suspeito caminhando a passos rápidos por uma rua deserta. Ele é visto de costas após abrir fogo dentro de uma sala de aula no térreo.

Após o ataque, o suposto autor dos disparos deixa o edifício vestido com roupas escuras.

Testemunhas assinalaram que ele também estava com uma máscara cinza camuflada.

"É impactante e tremendamente triste. Conheço os alunos daqui, muitos dos quais permaneceram resguardados por muitas horas ontem à noite", disse Smiley mais tarde à CNN. "Todos estão incrivelmente comovidos".

As provas finais programadas para este domingo foram adiadas, informaram as autoridades universitárias.

- Ataque a tiros -

A presidente da Universidade Brown, Christina Paxson, confirmou em uma carta à comunidade universitária que todas as vítimas são alunos da instituição.

Este é mais recente ataque a tiros em um país onde as tentativas de restringir o acesso às armas de fogo enfrentam um bloqueio político.

"Isto não deveria ser normal", disse Smiley na CNN. "Não deveria ser o caso de toda comunidade ter que se preparar para algo assim. E eu certamente nunca pensei que aconteceria em Providence, mesmo estando bem preparados."

Segundo o Arquivo de Violência com Armas, que define um ataque a tiros em massa como um evento no qual quatro ou mais pessoas são feridas por disparos, mais de 300 incidentes desse tipo foram registrados nos Estados Unidos desde o início do ano.

Durante um evento na Casa Branca neste domingo, o presidente Donald Trump falou brevemente sobre o ataque em Brown.

"Grande universidade... realmente uma das melhores de qualquer parte do mundo", disse o presidente em referência a Brown.

"Aos nove feridos, que se recuperem logo. E às famílias dos dois que já não estão mais conosco, envio meus mais sinceros cumprimentos e respeito dos Estados Unidos da América."

Esta renomada universidade da Ivy League - que conta com outras instituições de prestígio como Harvard, Yale e Princeton - está localizada perto de Boston, e conta com aproximadamente 11.000 alunos.

- Armas de fogo nos EUA -

Com mais armas de fogo em circulação do que habitantes, os Estados Unidos têm a maior taxa de mortes por armas entre os países desenvolvidos.

 

Em 2024, mais de 16.000 pessoas, sem contar os suicídios, morreram vítimas da violência armada nos Estados Unidos, segundo a ONG Gun Violence Archive.

O ataque a tiros escolar mais letal da história dos Estados Unidos aconteceu em Virginia Tech em 16 de abril de 2007, quando um estudante matou 32 pessoas e feriu outras 17 antes de tirar sua própria vida.

F.Lecce--IM