

Suécia exige que UE congele parte comercial de acordo de associação com Israel
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, exigiu nesta quinta-feira (31) que a UE congele a parte comercial de seu acordo de associação com Israel, que, segundo ele, não cumpre com suas obrigações na Faixa de Gaza, que enfrenta um desastre humanitário.
"A situação em Gaza é absolutamente terrível, e Israel não está cumprindo suas obrigações mais fundamentais nem os acordos alcançados em relação à ajuda humanitária de emergência", escreveu Kristersson no X.
"Portanto, a Suécia exige que a União Europeia suspenda o mais rápido possível a parte comercial do acordo de associação. Deve-se aumentar a pressão econômica sobre Israel", acrescentou.
O acordo de associação da UE com Israel é um marco para as relações comerciais e políticas. O bloco é o maior parceiro comercial de Israel, representando quase um terço do comércio global de Israel, segundo dados da UE.
A declaração de Kristersson chega dois dias após os Países Baixos tomarem uma postura semelhante.
O ministro das Relações Exteriores dos Países Baixos, Caspar Veldkamp, disse que seu país pressionaria para suspender a parte comercial do Acordo de Associação entre a União Europeia e Israel se este último não cumprir suas obrigações humanitárias.
A guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas em Gaza dividiu profundamente os membros da UE.
Vários Estados-membros, incluindo Alemanha, insistem no direito de Israel de se defender dentro dos limites do direito internacional, enquanto outros, como Espanha, denunciam um "genocídio" contra os palestinos de Gaza.
Um relatório da UE, apresentado aos 27 Estados-membros no final de junho, indicava que Israel poderia ter descumprido suas obrigações em matéria de direitos humanos sob o acordo de cooperação com o bloco europeu.
E.Mancini--IM