

Negociações entre Boeing e trabalhadores têm novo revés após 80 dias de greve
As negociações iniciadas na última segunda-feira entre a fabricante de aeronaves Boeing e o sindicato que representa os trabalhadores do setor de Defesa sofreram um novo revés, anunciou a empresa americana nesta quarta-feira (22).
Cerca de 3.200 trabalhadores de fábricas em Missouri e Illinois, representados pelo sindicato Distrito 837 da Associação Internacional de Maquinistas Aeroespaciais (IAM), estão em greve desde 4 de agosto.
"Depois de passar dois dias com um mediador federal, apresentamos ao sindicato uma oferta revisada de contrato social que leva em conta os comentários que recebemos de vocês", disse, em mensagem aos grevistas, o encarregado da divisão Boeing Air Dominance, Dan Gillian.
"Infelizmente, depois de falar durante várias semanas de seu processo democrático, os dirigentes da IAM se negam a lhes permitir votar esta oferta e ter a oportunidade de pôr fim à greve", acrescentou.
O sindicato se limitou a dizer: "Não submeteremos a oferta da Boeing a votação."
O IAM é um dos maiores sindicatos da América do Norte e representa cerca de 600.000 trabalhadores da indústria aeroespacial, de Defesa, construção naval, transporte, cuidado com a saúde, manufatura, e outros.
As fábricas em greve estão a cargo da produção de aviões de combate F-15 e F-18, do Sistema Avançado de Capacitação de Pilotos T-7 Red Hawk e da aeronave não tripulada MQ-25.
A greve ocorre após uma interrupção no setor de aviação comercial da Boeing, que envolveu cerca de 33.000 trabalhadores em 2024 por mais de sete semanas.
Em 4 de setembro, a Boeing lançou uma campanha para recrutar trabalhadores "permanentes" que substituam os funcionários em greve.
J.Romagnoli--IM